segunda-feira, 10 de junho de 2013

A maturidade nos aproxima de Deus

Quando jovens, somos munidos de um vigor que não se prende a valores, dogmas ou preconceitos. Nos atiramos na obscuridade, sem temer as consequencias que os atos ali cometidos poderão nos trazer no futuro.

 Foram noites inteiras marcadas por diálogos profundos aquecidos por fogueiras e violões. Nos acampamentos no pé das serras, mergulhamos nas águas profundas das cachoeiras, lagos serenos que refletem nossa triste ou feliz imagem.  Forasteiros na beira da estrada esperando a carona que nos levar para bem longe da rotina urbana que nos sufocava , agredindo nossa alma e aumentando nossa perplexidade.

O azul celeste nos remetia a sensação de estar vivos, sentíamos e sabíamos que existia algo além. Avessos a toda  religião, misturamos os conceitos e por isso era melhor nem pensar em Deus. Afinal, minhas escolhas já revelam que estou fora do caminho, pensava...

 E assim fui caminhando. O tempo passou rapidamente. A faculdade deixou de ser um sonho e  após muitas tentativas acreditava ter acertado na escolha do parceiro. O amor enfim chegou  parecendo firme como uma rocha. Queria  me casar e ser feliz. O nascimento dos filhos marcaram um nova era. Agora não era só  eu, existem mais uma, duas, três, quatro vidas que dependem de mim.

A maturidade e a responsabilidade  ajudam a nos aproximar de Deus. Quando percebemos que, por mais que fizermos por nossos filhos, nunca será suficiente para protegê-los da violência urbana e espiritual exergamos nossa  limitação e a necessidade emergente de entregá-los nas mãos de um ser maior onipresente e onisciente.

Assim fiz. Hoje  coloco os meus joelhos no chão todas as manhãs clamando a proteção de Jesus para meus filhos e quando eles batem o portão para ir a escola, ao shopping ou na balada como os amigos, sei que não estão sozinhos e mesmo que,  amanhã eu não esteja mais aqui para protegê-los, o Criador os acompanhará para sempre onde quer que eles estejam


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