terça-feira, 29 de janeiro de 2008

O stress nosso de cada dia

Gilda era acostumada a estacionar sempre no mesmo lugar. Um dia resolve pegar uma carona com esposo para o trabalho. Na hora do almoço, a surpresa: Será que roubaram o nosso carro?

O dia amanheceu ensolarado naquela manhã de inverno. Após oferecer o café da manhã para os filhos, Gilda se prepara para mais um dia de trabalho numa industria da cidade. No entanto, naquele dia a rotina da família estava alterada porque as crianças não teriam aula. Era dia de reunião pedagógica dos professores.

Devido a uma crise financeira que assolou a família, há tempos que o casal é obrigado a se “virar” com apenas um carro. Cabe à Gilda, levar o esposo ao emprego, deixar as crianças na escola, fazer supermercado, a feira, enfim todos os afazeres de uma dona de casa, além das suas funções como secretária que ele exerce há mais de 12 anos.

Mas naquela manhã tudo seria diferente. Ela resolveu inverter o processo, ou seja, o esposo Julio a deixaria na prefeitura. Afinal as crianças não teriam aula e ela não precisaria se desgastar tanto.

No trabalho, faltava alguns minutos para o meio dia, Gilda desliga rapidamente o computador e começa a procurar as chaves do carro. Colocou tudo pra fora da bolsa: celular, batom, agenda, caneta, carteira, e nada. Pensou que poderia ter esquecido no contato do carro ou mesmo na porta. Mas resolveu procurar melhor. Olhou encima e debaixo das mesas, vasculhou as gavetas, os armários, caixinhas de clips e nada.

Sem sucesso, resolveu descer rapidamente as escadas e foi direto para estacionamento se dirigindo automaticamente para a quinta vaga da terceira fileira do lado esquerdo, afinal fazia três anos que ela só estacionava naquele lugar. Ao se deparar com a vaga vazia, pensou: Roubaram o carro! Sem titubear, ligou para o esposo Julio para contar o ocorrido e ouvir o que deveria fazer. Enquanto isso dezenas de pessoas começaram a presenciar seu desespero. Alguns diziam:

- Coitada, que azar!

- Tem de por alarme, fazer seguro, senão roubam mesmo!

Um celular toca. Do outro lado da linha, o esposo Julio, responde:

- Como assim roubaram o carro? Já chamou a polícia!


Nesta altura, quase chorando, Gilda liga para o 190 e explica tudo para o atendente.

- Encaminharemos uma viatura no local. Respondeu o policial.

Enquanto esperava, os amigos de trabalho tentavam acalmá-la, afinal não iria ser fácil comprar outro carro. A policia chegou e o soldado com uma prancheta nas mãos começou a perguntar: nome completo, RG, CPF, endereço comercial, residencial, telefones e enfim disse:

- O que aconteceu minha senhora?
- Olha seu guarda, todos os dias eu estaciono aqui e hoje quando vim pegar o carro não tinha nada, acho que foi roubado, só pode!

O dialógo é interrompido pelo toque do celular. Do outro lado da linha, o esposo Julio diz:

- Você ficou louca mulher! Esqueceu que eu te levei pro trabalho hoje cedo. O carro esta aqui na minha frente!

Sem saber se ria ou chorava, ela pediu licença para o policial, se afastou um pouco. Disfarçou no telefone, gesticulando de um lado pro outro. Após desligar o aparelho, voltou vagarosamente para viatura e disse.

- Então seu guarda. Eu queria pedir desculpas porque o carro esta com....

...o seu marido? Completou o policial, já rasgando a ficha preenchida minutos atras.

- É, mas como o senhor sabe?

- Fica tranqüila dona, isto sempre acontece! Respondeu o policial.

3 comentários:

Unknown disse...

Oi Zellllllllllllllllllllllllllllda....
amiga... muito legal esse seu blog!!! Parabéns!!! As crônicas são a sua cara, escrita simples, atual, instrutiva, gostosas de ler e fácil de entender!!!
Vou indicar aos amigos e filhotes e adicionar aos meus favoritos; Quando postar algo novo me avisa!!!
Beijo grande e saudoso!!

Unknown disse...

Olá Elsa!!
Parabéns pelas crônicas divulgadas nos jornais, temos acompanhado por aqui.
Muito Sucesso, você merece!
Um abraço dos amigos
Paulo e Camila

Hélio de Matos Venâncio disse...

Boa a crônica!!!
KKKK
MUlheresss... rssss