tag:blogger.com,1999:blog-83116400205698275342024-03-13T22:10:07.439-07:00Crônicas de ElsaElsa Caldeirahttp://www.blogger.com/profile/02501052356232676485noreply@blogger.comBlogger20125tag:blogger.com,1999:blog-8311640020569827534.post-87455044163803179272014-08-01T07:08:00.001-07:002014-08-01T08:00:07.511-07:00Rosa e os novos vizinhos de seu pai <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
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</div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-hzCmyShF13o/U9ujlAR6h2I/AAAAAAAAEUk/UklKbyiLa9w/s1600/images+(1).jpeg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://1.bp.blogspot.com/-hzCmyShF13o/U9ujlAR6h2I/AAAAAAAAEUk/UklKbyiLa9w/s1600/images+(1).jpeg" /></a></div>
A casa da família de Rosa estava localizada numa pequena propriedade rodeada de fazendas de soja por todos os lados. O pequeno sítio continha, entre várias benfeitorias, uma casa e um lindo pomar. Galinhas e patos no quintal disputavam o milho debulhado pelas mãos da jovem que adorava passar as férias da faculdade na casa da família. Ela gostava de alimentar as galinhas, era com se fosse uma cultura herdada pelos seus ancestrais. Logo após almoço pegava a pequena trilha que a levava aos pés de laranjas, limas e mexericas. Aquele local era como um santuário, onde se ouvia o cantar do canarinho do mato e as vezes do passo-preto.<br />
<br />
Entre as imagens que mais lhe atraía estava o seu pai montado no cavalo " Nego" se debruçando para abrir a porteira de arame. Uma tarefa que parecia tão difícil, mas que para ele era mais fácil que descascar uma laranja, pois ao primeiro sinal na rédea, o animal se ajeitava devagarinho, facilitando a façanha.<br />
<br />
Certa tarde, Rosa resolveu dar uma caminhada pelas terras vizinhas para apreciar a lavoura de soja. Ela estava a observar a perfeição das curvas verdes que pareciam caminhos desenhados pelas mãos de um artista, quando repentinamente sentiu uma forte dor abdominal, daquelas que nos faz contorcer, nos enche a boca de água dificultando até a movimentação das pernas. Ela sabia que precisava urgentemente de um sanitário. Olhou para um lado e viu ao longe a casa dos pais. Na certeza absoluta de que não daria tempo para chegar até lá abaixou as calças ali mesmo e iniciou a descarga fecal.<br />
<br />
Eis que, em meio aquele silêncio, ouviu se aproximando o som do pocotó, pocotó, pocotó. Ainda de cócoras, olhou disfarçadamente para trás e viu dois cavaleiros se aproximarem do carreador de terra batida. Pensou em vestir as calças e sair correndo, mas seria vergonhoso demais para ela. Permaneceu ali, como uma estátua com as mãos cobrindo o rosto, afinal eles não a conheciam mesmo.<br />
<br />
Voltando para casa, avistou de longe os cavalos amarrados na porteira principal. Os dois homens já com uma caneca de café nas mãos, saboreavam o delicioso queijo branco feito por sua mãe. Para evitar mais constrangimentos, optou ir pelas portas dos fundos e foi lentamente adentrando à velha casa de peroba-rosa. Tudo parecia estar perfeito até que seu pai a avistou e gritou : Fia vem até aqui conhecer os novos vizinhos do pai!Elsa Caldeirahttp://www.blogger.com/profile/02501052356232676485noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8311640020569827534.post-86294495027296589392013-06-10T05:57:00.001-07:002013-06-10T06:47:28.618-07:00A maturidade nos aproxima de Deus<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-HkvCYNFTMW4/UbXYuhxKX-I/AAAAAAAACw4/igXQCCdgxGo/s1600/%C3%8Dndice.jpeg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/-HkvCYNFTMW4/UbXYuhxKX-I/AAAAAAAACw4/igXQCCdgxGo/s1600/%C3%8Dndice.jpeg" /></a></div>
Quando jovens, somos munidos de um vigor que não se prende a valores, dogmas ou preconceitos. Nos atiramos na obscuridade, sem temer as consequencias que os atos ali cometidos poderão nos trazer no futuro.<br />
<br />
Foram noites inteiras marcadas por diálogos profundos aquecidos por fogueiras e violões. Nos acampamentos no pé das serras, mergulhamos nas águas profundas das cachoeiras, lagos serenos que refletem nossa triste ou feliz imagem. Forasteiros na beira da estrada esperando a carona que nos levar para bem longe da rotina urbana que nos sufocava , agredindo nossa alma e aumentando nossa perplexidade.<br />
<br />
O azul celeste nos remetia a sensação de estar vivos, sentíamos e sabíamos que existia algo além. Avessos a toda religião, misturamos os conceitos e por isso era melhor nem pensar em Deus. Afinal, minhas escolhas já revelam que estou fora do caminho, pensava...<br />
<br />
E assim fui caminhando. O tempo passou rapidamente. A faculdade deixou de ser um sonho e após muitas tentativas acreditava ter acertado na escolha do parceiro. O amor enfim chegou parecendo firme como uma rocha. Queria me casar e ser feliz. O nascimento dos filhos marcaram um nova era. Agora não era só eu, existem mais uma, duas, três, quatro vidas que dependem de mim.<br />
<br />
A maturidade e a responsabilidade ajudam a nos aproximar de Deus. Quando percebemos que, por mais que fizermos por nossos filhos, nunca será suficiente para protegê-los da violência urbana e espiritual exergamos nossa limitação e a necessidade emergente de entregá-los nas mãos de um ser maior onipresente e onisciente.<br />
<br />
Assim fiz. Hoje coloco os meus joelhos no chão todas as manhãs clamando a proteção de Jesus para meus filhos e quando eles batem o portão para ir a escola, ao shopping ou na balada como os amigos, sei que não estão sozinhos e mesmo que, amanhã eu não esteja mais aqui para protegê-los, o Criador os acompanhará para sempre onde quer que eles estejam <br />
<br />
<br />Elsa Caldeirahttp://www.blogger.com/profile/02501052356232676485noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8311640020569827534.post-80276720779518276242013-01-29T03:46:00.002-08:002013-02-15T02:43:01.121-08:00Testemunho de uma filha infiel<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-OXbGtKAIxMs/UQe2dNzO48I/AAAAAAAACBE/JJ8X7F7gxD4/s1600/porteira-sol.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="150" src="http://4.bp.blogspot.com/-OXbGtKAIxMs/UQe2dNzO48I/AAAAAAAACBE/JJ8X7F7gxD4/s200/porteira-sol.jpg" width="200" /></a></div>
<div class="western" style="font-family: Verdana,sans-serif; margin-bottom: 0cm;">
Outro dia me fizeram a
seguinte pergunta: Elsinha, porque você virou crente? Confesso que fiquei
confusa, sem saber direito o que responder. Depois de pensar por
alguns instantes veio a resposta.<br />
<br />
Discorri sobre fases de minha
vida, desde a infância. Contei-lhe que nasci em um lar católico não
praticante. Lembro-me que quando pequena eu ficava todas as tardes durante horas sentada sobre a mais alta porteira da fazenda onde meu
pai trabalhava para apreciar o por do sol.</div>
<div class="western" style="font-family: Verdana,sans-serif; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Nesta fase, com oito ou
nove anos meus pensamentos se voltavam ao céu e eu me perguntava de
onde vinha tanta perfeição e beleza. Conforme o sol ia baixando,
uma paz extraordinária tomava conta do meu coração. Entretanto, até ai,
ninguém tinha falado de Deus, mas eu o sentia. Foi nessa época que
resolvi ler a bíblia. Comecei de trás para </span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">frente</span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> e chorei ao ler
o Apocalipse, fiquei com medo e fechei o grande livro com a intenção
de nunca mais lê-lo. Nesta fase minha irmã chegou em casa com uma
vitrola e vários vinis, incluindo um do Elvis Presley. Amei!</span></div>
<div class="western" style="font-family: Verdana,sans-serif; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="western" style="font-family: Verdana,sans-serif; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="western" style="font-family: Verdana,sans-serif; margin-bottom: 0cm;">
Na adolescência, eu e
minhas irmãs tivemos de morar longe de nossos pais para continuar os
estudos, pois a fazenda que morávamos era muito longe da escola.
Sinto como se fosse hoje o sofrimento que passei por causa da
saudade de casa. Tive de acostumar, pois meu pai nunca abriu mão dos nossos estudos, “ filho meu tem de estudar”, repetia ele
constantemente.</div>
<div class="western" style="font-family: Verdana,sans-serif; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="western" style="font-family: Verdana,sans-serif; margin-bottom: 0cm;">
No escola, começei a
ir na igreja católica juntamente com minhas novas amigas. Na missa, eu buscava me concentrar para aprender mais sobre Deus, mas eu não
me conformava com o ritual da celebração movida por palavras
decoradas e orações repetitivas. Com o tempo fui me afastando e
deixei a igreja de lado. Na minha casa havia um tipo de resistência
aos crentes, e eu aprendi isso também. Esta fase ocorreu foi por volta de 1.977
ano em que Elvis morreu. Chorei!</div>
<div class="western" style="font-family: Verdana,sans-serif; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Quando entrei na
faculdade de jornalismo eu conheci um outro mundo. Tive contato com
literaturas que questionavam a existencia humana. Fiquei encantada
com os textos de Aristoteles, Durkheim, Comte, </span><span style="font-size: small;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Bukowski,
Kerouac, Gabriel Garcia Marques e tantos outros. Minha paixão pelo
rock aumentou ao ouvir Led Zeppelin, Franck
Zappa, Dimi Hendirx, Bob Dilan e tantas outras, isso sem falar nas
nacionais: Ira, Legião, Titãs, Raul. Nesta fase também despertou
em mim uma paixão pela MPB e o samba: Vinicius, Gil, Caetano, Betânia, Elis, Adoniram, etc....</span></span></div>
<div class="western" style="font-family: Verdana,sans-serif; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Acho que
tudo isso aumentou o ponto de interrogação na minha cabeça e comecei a procurar respostas para o sentido da vida. Os bares e as
drogas passaram a fazer parte do meu cotidiano. Durante anos, as
manhãs foram marcadas por dores de cabeça e um vazio enorme no
coração. Desejo de chorar, falta de motivação para viver. Para
fugir desta sensação me afundava cada vez mais no álcool e nas
drogas. Até que, um dia adormeci sozinha, de madrugada, numa
calçada e acordei com um homem urinando na minha cabeça. Dai
percebi que precisava mudar de vida ou morreria.</span></span></div>
<div class="western" style="font-family: Verdana,sans-serif; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Após dias
fechada num quarto escuro. Tomada por uma tremenda sensação de
arrependimento dobrei meu joelho e pedi para Deus me ajudar, pois eu
não queria mais viver daquela maneira. E o Criador na sua
misericórdia me ouviu, tive forças para mudar os hábitos, ia do
trabalho para casa e casa para o trabalho. Em pouco tempo encontrei
uma pessoa que me amou muito. Juntos encontramos a Igreja
Missionária Central, onde sou membro até hoje. No dia 26 de outubro
de 1.998 fomos batizados. Senti a emoção do primeiro amor. Meu
desejo era abraçar todos que eu encontrava nas ruas. Meus pés não
sentiam o chão. É maravilhoso, inexplicável.</span></span></div>
<div class="western" style="font-family: Verdana,sans-serif; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="western" style="font-family: Verdana,sans-serif; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: small;">Hoje
apesar de sofrer fisicamente as consequências das minhas atitudes do passado,
posso afirmar que sou outra pessoa em Cristo porque tenho paz em meu
coração. Sinto-me como aquela menina sentada na porteira, já
amadurecida e com as repostas que buscava. Sei que toda aquela
perfeição refletida no por sol, vem do Senhor que criou o céu e
terra. Creio no poder do Espirito Santo que me livrou do inferno e me
trouxe para a luz. </span>
</div>
<div class="western" style="font-family: Verdana,sans-serif; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="western" style="font-family: Verdana,sans-serif; margin-bottom: 0cm;">
<i><span style="font-size: small;">"Tudo
é permitido", mas nem tudo convém. "Tudo é permitido",
mas nem tudo edifica. (1Co 10:23)</span></i></div>
<div class="western" style="font-family: Verdana,sans-serif; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="western" style="font-family: Verdana,sans-serif; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
Elsa Caldeirahttp://www.blogger.com/profile/02501052356232676485noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-8311640020569827534.post-60750344273442557692012-11-10T16:28:00.003-08:002012-11-10T16:37:12.163-08:00Amizade e dor na MI<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-WVD9vPWsu1o/UJ7v3nqw92I/AAAAAAAABbQ/Nexnb5N0L1Y/s1600/Doen%25C3%25A7as-Infecciosas-1.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="150" src="http://4.bp.blogspot.com/-WVD9vPWsu1o/UJ7v3nqw92I/AAAAAAAABbQ/Nexnb5N0L1Y/s200/Doen%25C3%25A7as-Infecciosas-1.jpg" width="200" /></a></div>
<i style="font-family: Verdana, sans-serif;">Tem certas situações que nos acontecem para aprendermos a valorizar a vida</i><br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; line-height: 115%;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; line-height: 115%;">Todas as vezes que volto
ao Hospital Universitário para fazer a acompanhamento do tratamento</span><span style="font-family: Verdana, sans-serif; line-height: 115%;"> </span><span style="font-family: Verdana, sans-serif; line-height: 115%;">contra a Hepatite</span><span style="font-family: Verdana, sans-serif; line-height: 115%;"> </span><span style="font-family: Verdana, sans-serif; line-height: 115%;">C</span><span style="font-family: Verdana, sans-serif; line-height: 115%;">
</span><span style="font-family: Verdana, sans-serif; line-height: 115%;">sempre saio de lá com esta sensação.</span><span style="font-family: Verdana, sans-serif; line-height: 115%;">
</span><span style="font-family: Verdana, sans-serif; line-height: 115%;">Em 2008 quando fiz minha primeira biópsia de fígado, conheci Laura que
hoje é uma amiga querida que tem me ensinado muito.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br />
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR" style="font-family: "Verdana","sans-serif"; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR" style="font-family: "Verdana","sans-serif"; line-height: 115%;">Desta vez foi
diferente, pois eu já estava mais preparada para enfrentar aquele momento que,
para mim, deixara de ser novidade.
Contudo, eu sabia que conheceria novos personagens que passariam a fazer
parte da minha história. Logo na chegada, na sala de espera, enquanto eu
aguardava a internação, conheci Carol,
uma jovem linda que chegou numa cadeira de rodas, empurrada por Fabinho, pai do
pequeno Caio de quatro anos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR" style="font-family: "Verdana","sans-serif"; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR" style="font-family: "Verdana","sans-serif"; line-height: 115%;">Comunicativo e
desinibido, Fabinho rapidamente resumiu sua história com Carol. Lembrou que a
conheceu com 17 anos e que ela era tão bela que chamava atenção de todos por
onde passava. Falou com orgulho dele e o filho não terem sido infectados pelo
HIV e comemorava o fato de sua amada ter
saído viva da UTI após 15 dias de isolamento por causa da parada de órgãos
vitais como pulmão e rins. “Foi um
milagre”, repetia ele.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR" style="font-family: "Verdana","sans-serif"; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR" style="font-family: "Verdana","sans-serif"; line-height: 115%;">Ao adentrar na
enfermaria 01, onde fiquei internada por
dois dias, me deparei com Inês e Clarice.
Meu leito ficava no meio das duas camas e foi ali que derramei em risos e lagrimas ao conhecer uma parte da história de
vida destas mulheres. Após um banho rápido, vesti o pijama listado do hospital.
A partir dali me senti parte daquele ambiente. Independente do tipo de
enfermidade que cada uma tinha, nos tornamos iguais. Nossos pensamentos e
emoções se resumiam no desejo estar em
casa ao lado da nossa família.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR" style="font-family: "Verdana","sans-serif"; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR" style="font-family: "Verdana","sans-serif"; line-height: 115%;">Num primeiro
momento me senti incomodada com os gemidos de Inês. Remedi-me ao saber que ela,
além de portadora do HIV, tinha câncer na garganta que causava dor até para
respirar. Já Clarice disse estar internada por causa de meningite. Tomava um medicamento
fortíssimo que causavam náuseas, dores de estômago e de cabeça.
Algumas horas antes da minha saída ela me confessou que também adquiriu o HIV e
que começaria em breve tomar o coquetel.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR" style="font-family: "Verdana","sans-serif"; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR" style="font-family: "Verdana","sans-serif"; line-height: 115%;">Nossa primeira noite
juntas foi marcada por relatos do cotidiano de cada uma. Clarice desabafou
sobre os desafios de educar seu casal de filhos adolescentes e Inês contou que
estava com saudade de sua única filha que, há tempos, não a visitava. Ao amanhecer meu coração sentia a necessidade
de ler a palavra de Deus para aquelas mulheres. Eu precisava de alguma forma
passar mensagens de esperança e de amor. Abri o livro sagrado e li o Salmo 51 e
choramos juntas ao entender o que o Criador queria nos dizer.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR" style="font-family: "Verdana","sans-serif"; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span lang="PT-BR">Após a oração, uma cumplicidade enorme tomou conta dos
nossos corações. Um abraço apertado selou o começo desta história que ficou
guardada dentro de mim. Minha despedida teve uma sensação de alívio e dor por
deixar minhas novas amigas naquele hospital. A mim resta escrever o que vivi e
crer que o Criador ouviu nossa prece e nos dê a graça gozar nossa vida com paz
e saúde ao lado de nossa família.</span><span lang="PT-BR"><o:p></o:p></span></span></div>
</div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
Elsa Caldeirahttp://www.blogger.com/profile/02501052356232676485noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8311640020569827534.post-84010877632636986702012-01-18T05:37:00.000-08:002012-01-19T04:12:03.215-08:00O amistoso do amor<div style="font-family: inherit;"><title></title><style type="text/css">
<!--
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P { margin-bottom: 0.21cm }
-->
</style> </div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/-GYX6-HLryCU/TxbKXeggZ9I/AAAAAAAAAUk/oOxISmtMUsM/s1600/jogo.jpeg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-GYX6-HLryCU/TxbKXeggZ9I/AAAAAAAAAUk/oOxISmtMUsM/s1600/jogo.jpeg" /></a></div><div class="western"><span style="font-size: small;">Eu nunca fui muito chegada em futebol. Como toda brasileira, adoro torcer para o Brasil na copa do mundo, compro camiseta e tudo mais. Mas ir a um estádio de futebol para assistir um jogo, nunca. Considerando que estamos nesta vida para renovar nossos conceitos, como já dizia o velho Raul: “ Eu prefiro ser, essa metamorfose ambulante”, me transformei em Corintiana depois que casei com um ser humano alucinado, fanático e enlouquecido pelo timão. </span><br />
<br />
</div><div class="western"><span style="font-size: small;">Num domingo, com cara de chuva, após alguma insistência, decidi acompanhar meu marido no amistoso entre Corinthians e Flamengo. Detalhe: levamos o filho caçula de cinco anos para a aventura. Logo de cara, foram quase 40 minutos para chegar ao estádio. Aproveitei a demora se sugeri a compra de uma capa de chuva, pois já começava a pingar. Meio contrariado, o marido respondeu:</span></div><div class="western"><span style="font-size: small;">-Não vai chover não. Deus não vai deixar,. Respondeu.</span></div><div class="western"><br />
</div><div class="western"><span style="font-size: small;"> De cara fiquei impressionada com tamanha fé vindo de uma pessoa que raramente demonstrava sua espiritualidade. Mesmo assim, decidi pela compra da tal capa de chuva. Logo na entrada do estádio nos deparamos com uma multidão ansiosa para entrar, pois os times já estavam no gramado ao som do enredo: "Aqui tem um bando de louco.....”. Em meio ao empurra em empurra, ele colocou o menino no cangote, segurou firme minha mão e fomos nos embrenhando no meio do povo, até alcançarmos a roleta de entrada. Ufa.</span></div><div class="western"><br />
</div><div class="western"><span style="font-size: small;">Dentro do estádio, novos desafios foram surgindo. Todos os espaços estavam ocupados. Fomos nos embrenhando nas arquibancadas até encontrar um lugar para assistir o jogo. No começo achei que parecia mais uma pelada. “ Melhor assistir na televisão”, pensei. Com o passar do tempo fui observando melhor o drible dos craques,como Ronadinho Gaucho, Liedson , Alex Silva e outros. De repente, num piscar de olhos surge o primeiro gol. A torcida vai ao delírio. Um beijo na boca e a emoção tomou conta do meu ser. "Ô, ôôôôôô, Corinthians", gritei continuadamente. </span></div><div class="western"><br />
</div><div class="western"><span style="font-size: small;">Esta loucura se repetiu mais uma vez no primeiro tempo, quando ocorreu o segundo gol. Mais um beijo. Era hora de provocar o adversário cantando a uma só voz: Timinho....Timinho....Neste momento a torcida organizada levantou uma bandeira gigante com os dizeres: "Pavilhão Nove esta aqui." Isso em meio ao foguetório que fazia uma fumaça infernal que tomou conta do estádio. </span></div><div class="western"><br />
</div><div class="western"><span style="font-size: small;">Pausa para o segundo tempo e fila para comprar água. O sol queimava nossas costas . Meu filho parecia um pimentão. Os times foram trocados no segundo tempo.De repente, o Flamengo faz um gol e torcida rubro-negra enloqueceu. A provocação dos dois times acelera e um alambrado vai abaixo. A tropa de choque da policia entra rapidamente e reprime os torcedores. Que medo!</span></div><div class="western"><br />
</div><div class="western"><span style="font-size: small;">Daqui a pouco mais um gol do Flamengo . Tudo de novo. Minha torcida nesta hora era para que o jogo acabasse logo. Afinal, um empate não era tão ruim para um amistoso. De volta pra casa, o filho perguntou:</span></div><div class="western"><span style="font-size: small;"> - Pai o que eu faço com essa capa de chuva.</span></div><div class="western"><span style="font-size: small;">- Dá pra mamãe guardar para o próximo jogo. Respondeu o meu marido aos risos. </span></div>Elsa Caldeirahttp://www.blogger.com/profile/02501052356232676485noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8311640020569827534.post-64139281531327038552012-01-13T05:11:00.000-08:002012-01-13T05:30:04.540-08:00O porre de Noé<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/-0qLU-S0Iffk/TxAxApROQVI/AAAAAAAAAUc/13fRguMfIMU/s1600/arca+2.jpeg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-0qLU-S0Iffk/TxAxApROQVI/AAAAAAAAAUc/13fRguMfIMU/s1600/arca+2.jpeg" /></a></div><div style="background-color: white; color: black; font-family: inherit;">A bíblia é um livro fantástico que tem me trazido respostas para várias questões. Ao inciar a leitura pelo livro de Gênesis, nos deparamos com os textos sobre a criação do mundo. A palavra diz que Deus criou tudo em seis dias e que no sétimo descansou, santificando assim o sábado. Por isto, acredito que não só eu , mas que muitos já se perguntaram: porque apenas alguns cristãos guardam este dia e outros resguardam o domingo? </div><div style="background-color: white; color: black; font-family: inherit;"><title></title><style type="text/css">
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</style> </div><div class="western" style="background-color: white; color: black; font-family: inherit; margin-bottom: 0cm; text-decoration: none;"><br />
</div><div class="western" style="background-color: white; color: black; font-family: inherit; margin-bottom: 0cm;"><span style="text-decoration: none;">Desta vez minha resposta veio rapidamente por meio da mensagem do Pastor Diogo Cerutti que esclareceu este tema em seu blog. Ele escreve: “</span><span style="font-size: small;"><span style="text-decoration: none;">Com a vinda de Jesus Cristo, a antiga aliança foi removida: “e cancelou a escrita de dívida, que consistia em ordenanças, e que nos era contrária. Ele a removeu, pregando-a na cruz, (Colossenses 2:14) isso também fica claro quando lemos Hebreus 7:18-19: </span></span><b><span style="font-size: small;"><span style="text-decoration: none;">“</span></span></b><span style="font-size: small;"><span style="text-decoration: none;">A ordenança anterior é revogada, porquanto era fraca e inútil (pois a lei não havia aperfeiçoado coisa alguma), sendo introduzida uma esperança superior, pela qual nos aproximamos de Deus”.</span></span></div><div class="western" style="background-color: white; color: black; font-family: inherit; margin-bottom: 0cm; text-decoration: none;"><br />
</div><div class="western" style="background-color: white; color: black; font-family: inherit; margin-bottom: 0cm; text-decoration: none;"><span style="font-size: small;">Mais adiante a palavra apresenta a mulher como auxiliadora do homem. Em seguida Eva se deixa levar pela tentação e come do fruto proibido. Fico pensando se isto tudo não tivesse acontecido, nós mulheres não teríamos dores de parto e ninguém precisaria trabalhar para sobreviver. Não haveria morte e moraríamos no paraíso. Fico me imaginado sentada numa rede, lendo um bom livro, sem ter de me preocupar com absolutamente nada.</span></div><div class="western" style="background-color: white; color: black; font-family: inherit; margin-bottom: 0cm; text-decoration: none;"><br />
</div><div class="western" style="background-color: white; color: black; font-family: inherit; margin-bottom: 0cm; text-decoration: none;"><span style="font-size: small;">Outro ponto que me chama atenção nos primeiros capítulos é quando Deus se arrepende de ter criado o homem. Em Gênesis 6: 5-6 está escrito : </span> </div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-decoration: none;"><div style="background-color: white; color: black; font-family: inherit;"><title></title><style type="text/css">
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</style> </div><div class="western" style="background-color: white; color: black; font-family: inherit; margin-bottom: 0cm; text-decoration: none;">“<span style="font-size: small;"><span style="-moz-background-clip: border; -moz-background-inline-policy: continuous; -moz-background-origin: padding; background: rgb(255, 255, 255) none repeat scroll 0% 0%;">E viu o SENHOR que a maldade do homem se multiplicara sobre a terra e que toda a imaginação dos pensamentos de seu coração era só má continuamente. Então arrependeu-se o SENHOR de haver feito o homem sobre a terra e pesou-lhe em seu coração.”</span></span></div><div class="western" style="background-color: white; color: black; font-family: inherit; margin-bottom: 0cm; text-decoration: none;"><br />
</div><div class="western" style="background-color: white; color: black; font-family: inherit; margin-bottom: 0cm; text-decoration: none;"><span style="font-size: small;"><span style="-moz-background-clip: border; -moz-background-inline-policy: continuous; -moz-background-origin: padding; background: rgb(255, 255, 255) none repeat scroll 0% 0%;">Se não fosse pela fé de Noé e sua família tudo estaria acabado. Deus falou com Nóe, passou para ele as medições para construção da arca. Levou até lá um casal de cada ser existente. Imagino isso como uma cena de um filme,onde os animas são tocados por um espirito maior que os leva até a arca. Este fato revela o amor de Deus por todas as criaturas. </span></span> </div><div class="western" style="background-color: white; color: black; font-family: inherit; margin-bottom: 0cm; text-decoration: none;"><br />
</div><div class="western" style="background-color: white; color: black; font-family: inherit; margin-bottom: 0cm; text-decoration: none;"><span style="font-size: small;"><span style="-moz-background-clip: border; -moz-background-inline-policy: continuous; -moz-background-origin: padding; background: rgb(255, 255, 255) none repeat scroll 0% 0%;">Foram 150 dias sobre as aguas até que chegaram em terra firme. Algumas páginas adiante nos deparamos com a atitude de Noé, ocasionada por uma bebedeira. Esta passagem vem para mostrar que a bebida, desde sempre é um dos motivos que levam ao pecado e a maldição e fez isso com Nóe, homem escolhido por Deus. Confira em Gênesis 9:20-27.</span></span></div><div class="western" style="background-color: white; color: black; font-family: inherit; margin-bottom: 0cm; text-decoration: none;"><br />
</div><div class="western" style="background-color: white; color: black; font-family: inherit; margin-bottom: 0cm; text-decoration: none;"><span style="-moz-background-clip: border; -moz-background-inline-policy: continuous; -moz-background-origin: padding; background: rgb(255, 255, 255) none repeat scroll 0% 0%;">“ <span style="font-size: small;">E começou Noé a ser lavrador da terra, e plantou uma vinha. E bebeu do vinho, e embebedou-se; e descobriu-se no meio de sua tenda. E viu Cão, o pai de Canaã, a nudez do seu pai, e fê-lo saber a ambos seus irmãos no lado de fora. Então tomaram Sem e Jafé uma capa, e puseram-na sobre ambos os seus ombros, e indo virados para trás, cobriram a nudez do seu pai, e os seus rostos estavam virados, de maneira que não viram a nudez do seu pai. E despertou Noé do seu vinho, e soube o que seu filho menor lhe fizera. E disse: Maldito seja Canaã; servo dos servos seja aos seus irmãos. E disse: Bendito seja o SENHOR Deus de Sem; e seja-lhe Canaã por servo. Alargue Deus a Jafé, e habite nas tendas de Sem; e seja-lhe Canaã por servo”. </span></span> </div><div class="western" style="background-color: white; color: black; font-family: inherit; margin-bottom: 0cm; text-decoration: none;"><br />
</div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; margin-right: -1.98cm; text-align: left;"><span style="background-color: white; color: black; font-family: inherit;"><span style="font-size: small;"><span style="text-decoration: none;"><span style="-moz-background-clip: border; -moz-background-inline-policy: continuous; -moz-background-origin: padding; background: rgb(255, 255, 255) none repeat scroll 0% 0%;">Nóe amaldiçou sua geração por causa de sua atitude, sua vergonha. Quando vejo na atualidade tantos crimesde morte acontecendo por pessoas alcoolizadas me remeto a esta história e peço a Deus para que livre a mim e aos meus do desejo pela bebida. </span></span></span></span><span style="color: black;"><span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-size: small;"><span style="-moz-background-clip: border; -moz-background-inline-policy: continuous; -moz-background-origin: padding; background: rgb(255, 255, 255) none repeat scroll 0% 0%;"><br />
</span></span></span></span></div></div>Elsa Caldeirahttp://www.blogger.com/profile/02501052356232676485noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8311640020569827534.post-14796793559467614202012-01-12T05:26:00.000-08:002012-01-12T05:39:09.350-08:00Para ser uma pessoa melhor<title></title><style type="text/css">
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</style> <br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/-RcrB4mRYmrk/Tw7fNprb-RI/AAAAAAAAAUM/OdrQBW2gia4/s1600/vontadedeus.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="214" src="http://2.bp.blogspot.com/-RcrB4mRYmrk/Tw7fNprb-RI/AAAAAAAAAUM/OdrQBW2gia4/s320/vontadedeus.jpg" width="320" /></a></div><div class="western" style="font-family: Verdana,sans-serif; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;">Com graça de Deus, inicio mais um ano de vida. Sempre grata ao Criador pelo ano que passou e com a certeza de que Ele esteve comigo em todos os momentos do ano que passou: nas situações de tristeza e de alegria, de ansiedade e satisfação, na saúde e na doença, durante todas provas e tribulações que enfrentei. </span></div><div class="western" style="font-family: Verdana,sans-serif; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><br />
</span> </div><div class="western" style="font-family: Verdana,sans-serif; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;">Conquistei muito em 2011, mas poderia ter sido mais fiel ao Senhor, ter ajudado mais as pessoas, estar mais presente junto aos amigos, ter abraçado mais os meus filhos, ter falado menos “nãos” e me calado mais, poderia ter dado muito mais do que recebi. </span></div><div class="western" style="font-family: Verdana,sans-serif; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><br />
</span> </div><div class="western" style="font-family: Verdana,sans-serif; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;">Por isso, quero que 2012 seja diferente. Para isso terei de me esforçar para ser uma pessoa melhor a cada dia. Orar mais e retomar os projetos que colaboram para levar as pessoas a Jesus. Visitar os doentes, as viúvas e presidiários para levar uma palavra de esperança e fé.</span></div><div class="western" style="font-family: Verdana,sans-serif; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><br />
</span> </div><div class="western" style="font-family: Verdana,sans-serif; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;">Sei também que devo me dedicar mais ao meu trabalho, aperfeiçoar meus conhecimentos, matricular meus filhos na escola de música e inglês, ter mais paciência com minha mãe e orar muito antes de tomar decisões.</span></div><div class="western" style="font-family: Verdana,sans-serif; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><br />
</span> </div><div class="western" style="font-family: Verdana,sans-serif; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;">Contudo, creio que de tudo o que espero fazer neste ano, nada supera a minha necessidade e desejo no meu coração de levar a palavra do Senhor ao maior número de pessoas possíveis. E que, ao chegar o final deste ano que se inicia, eu possa afirmar com humildade mais uma vez que até aqui o Senhor é comigo.</span></div>Elsa Caldeirahttp://www.blogger.com/profile/02501052356232676485noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8311640020569827534.post-14619445825067310062011-10-05T07:30:00.000-07:002011-10-05T07:32:28.968-07:00A hortência e velha japonesa<title></title><style type="text/css">
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</style> <br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><i>Todos os dias era possível vê-la regando as pequenas mudas da flor as margens do lago; tudo para que as pessoas que passam pelo local também possam desfrutar da beleza daquelas flores</i></span><br />
<br />
</div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/-fp8zmL_eKZk/Toxp6cU_1PI/AAAAAAAAAUI/iA0jvGsyWGk/s1600/hortencia.jpeg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://1.bp.blogspot.com/-fp8zmL_eKZk/Toxp6cU_1PI/AAAAAAAAAUI/iA0jvGsyWGk/s1600/hortencia.jpeg" /></a></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: Verdana,sans-serif;">Quem costuma caminhar nas margens do lago Igapó I já deve ter percebido que há 300 metros da barragem existem vários pés de hortência, aquela flor com grandes cachos formados por pequenas florzinhas azuis. Me lembro da manhã em que vi uma velhinha japonesa com um pequeno regador aguando as pequenas plantas. Com uma paciência milenar, cada muda era regada cuidadosamente. </span> </div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: Verdana,sans-serif;">Com suas saias longas, lenço na cabeça coberto por um simples chapéu de palha, ela me chamou a atenção. Pensei em perguntar seu nome e o porque daquela ação. Mas desisti ao perceber a magnitude daquele momento. Era como se fosse um ritual, uma oração.</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: Verdana,sans-serif;">Tive o privilégio de presenciar esta cena por vários dias. E hoje , ao passar por aquele local e ver a formosura daquelas flores fico refletindo sobre a atitude daquela mulher que não se privou de dividir com os outros aquela beleza, proporcionando uma alegria interior que só se vislumbra na presença das flores.</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: Verdana,sans-serif;">Em um momento em que o individualismo, o medo e a insegurança tomam contam da vida urbana, se deparar com atitudes como esta, que exigem a iniciativa, coragem e disciplina para realizar uma ação em prol do coletivo, é, no mínimo, louvável e nos serve como uma lição maior, encabeçada pelo sentimento mais soberano da humanidade: o amor.</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: Verdana,sans-serif;">Oxalá, podermos ver a cada dia mais ações semelhantes a esta. Presenciar mais sorrisos do que lágrimas, alegrias ao invés de tristezas, mais humildade do que arrogância, mais saúde do que doenças. Que a solidão seja substituída pela amizade, a violência pela paz, o ódio pelo amor.</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: Verdana,sans-serif;">Estas ações e sentimentos só passam a ter importância em nossas vidas quando percebemos o valor das pequenas coisas ao nosso redor, como por exemplo presenciar uma velhinha japonesa aguando os pequenos pés de hortência na beira do lago. </span> </div>Elsa Caldeirahttp://www.blogger.com/profile/02501052356232676485noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8311640020569827534.post-53702294143269295742011-05-02T07:11:00.000-07:002011-05-02T07:11:14.563-07:00Cotidiano de uma esportista amadora<span style="font-family: Calibri; font-size: large;"><b><i> </i></b></span><span style="font-family: Calibri; font-size: small;"><i>Enquanto corro, medito sobre o trabalho e projetos inacabados. Proponho no coração de ser uma pessoa melhor, de falar menos e ouvir mais. Faço uma prece sem palavras</i></span><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/-qgFBWCZ8i0E/Tb67ZO9UhvI/AAAAAAAAAT0/G-9-JCY_5Nw/s1600/caminhada+lago.jpeg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://1.bp.blogspot.com/-qgFBWCZ8i0E/Tb67ZO9UhvI/AAAAAAAAAT0/G-9-JCY_5Nw/s1600/caminhada+lago.jpeg" /></a></div><div align="justify"><span style="font-family: Calibri; font-size: small;">Como é bom acordar cedo e correr as margens do Lago Igapó. Há alguns anos transformei isso numa rotina. Incialmente por causa de determinação médica. " Você precisa fazer uma atividade física, perder peso", dizia-me o doutor. Mas, com o tempo se transformou em puro prazer.</span></div><div align="justify"><br />
</div><div align="justify"><span style="font-family: Calibri; font-size: small;">A atitude faz com que, a cada dia, eu me conheça mais. Descobri que prefiro correr porque não tenho paciência para caminhar. Após cada passo, um encontro. Pessoas com cheiro de amaciante, com fone de ouvido, bonés e chapéus provocantes.</span></div><div align="justify"><br />
</div><div align="justify"><span style="font-family: Calibri; font-size: small;"> De onde menos se espera vem um lindo sorriso acompanhado de bom dia. Outro caminhante fecha a cara como se dissesse: "me deixe quieto". As vezes invejo os cães que não deixam de comprimentar, digo se cheirar. Já o meu poodle, Banzé, tenho de levar na guia, senão ele se joga no lago ou do nada resolve enfrentar o pitbull do jovem de peitoral acentuado pela camiseta regata. Uau...</span></div><div align="justify"><br />
</div><div align="justify"><span style="font-family: Calibri; font-size: small;">Durante o percusso, penso na palavra não dita, reflito sobre o perdão que precisa de ser liberado, na noite de amor, no conflito com o filho adolescente. Medito sobre meu trabalho e projetos inacabados. Proponho no coração de ser uma pessoa melhor, de falar menos e ouvir mais. Faço uma prece sem palavras.</span></div><div align="justify"><br />
</div><span style="font-family: Calibri; font-size: small;">Ao meu encontro camisetas com frases de lembranças de Porto Seguro, Fortaleza, Disney e Guaratuba. O vento seca o suor que corre no meu rosto. A respiração já ofegante demonstra meu esforço, perseverança e disciplina. Ao chegar no Zerão, exercícios nos aparelhos da academia popular e um breve alongamento. De volta para casa, a sensação de missão cumprida e a certeza que o meu dia será bom, muito bom.</span>Elsa Caldeirahttp://www.blogger.com/profile/02501052356232676485noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8311640020569827534.post-41473770929250933302011-03-09T10:40:00.000-08:002011-03-09T10:44:40.219-08:00A menina que abraçava árvores<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><i>Quando criança, ao levar uma bronca de sua mãe, abraçava árvores; na véspera do seu casamento, foi ao parque a abraçou muitas árvores</i><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://lh6.googleusercontent.com/-I8jSZoIFPQ4/TXfKR7C_kHI/AAAAAAAAAPI/v2EN1F9ftNA/s1600/abraco_arvore.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://lh6.googleusercontent.com/-I8jSZoIFPQ4/TXfKR7C_kHI/AAAAAAAAAPI/v2EN1F9ftNA/s320/abraco_arvore.jpg" width="277" /></a></div>Era uma vez uma menina que gostava de abraçar árvores!<br />
Pata-de-vaca, Ipê-roxo, Pau-brasil, Aroeira, Jambolão, Peroba-rosa, Embuia, Paineira, não importava a espécie, nem o tamanho do tronco, ela abraçava todas.<br />
<br />
Quando criança ao levar uma bronca da sua mãe, abraçava árvores. Após chorar pela morte do seu cão, abraçava árvores. Na adolescência, quando descobriu que seu primeiro amor, gostava da sua melhor amiga, abraçava árvores. Na juventude ao sentir a alegria de ver seu nome na lista dos aprovados no vestibular, abraçou árvores.<br />
<br />
Quando já mulher, se deparava com as provas diárias dos relacionamentos, abraçava arvores. Na véspera do seu casamento, foi ao parque a abraçou muitas árvores. Após a dieta do sua primeira filha, abraçou arvores .<br />
<br />
Alguns anos depois, ao caminhar pelo parque com sua criança, não se surpreendeu ao ver a pequena agarrada no tronco de um pequeno pé de Ipê. Como pode ser tão igual? Pensou a mulher enquanto se preparava para abraçar mais um pé de Eucalipto.<br />
<br />
Fico me perguntando o que leva uma pessoa a perder tanto tempo abraçando árvores por ai? Seria um cacoete. Uma mania esquisita. Por que não abraçar pessoas ao invés de árvores? Talvez devido a correria da vida, afinal são poucos que se propõe a um abraço demorado, sem palavras. Troca de energias.Compartilhar com a planta a alegria, a tristeza, o sofrimento e a dor. Receber da mesma a quietude e tranquilidade. Cumplicidade sem palavras.<br />
<br />
Um dia, ao assistir na TV uma matéria que falava sobre o corte ilegal de árvores , lembrei-me daquela menina. Fiz uma prece ao Criador e implorei a Ele que não permita que um dia nossas crianças não tenham mais árvore para abraçar.Elsa Caldeirahttp://www.blogger.com/profile/02501052356232676485noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8311640020569827534.post-26971200080727774032010-10-30T14:17:00.000-07:002010-11-01T10:33:42.958-07:00Uma amizade verdadeira<i>Não existe receita para a amizade. As vezes ela aparece na infância, escola, trabalho, bar, igreja. Independente de onde ela vem, o que importa é seja que sincera e verdadeira </i><br />
<br />
<div class="MsoNormal"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/_NcViyH0QRSY/TMyLZRZ9cSI/AAAAAAAAAME/UXJF6a31pE8/s1600/amizade.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://2.bp.blogspot.com/_NcViyH0QRSY/TMyLZRZ9cSI/AAAAAAAAAME/UXJF6a31pE8/s320/amizade.jpg" width="247" /></a></div><div class="MsoNormal">Elas eram amigas inseparáveis. Conheciam os pensamentos, desejos, medos, alegrias e frustrações uma da outra. Numa tarde de verão enquanto caminhavam, Miriam desabafou mais uma vez com a amiga Leila.</div><div class="MsoNormal">-Acho que tive um organismo outro dia, quando eu e Jonas namorávamos?</div><div class="MsoNormal">- É orgasmo que se fala! Me conta como foi, conta conta ?</div><div class="MsoNormal">- Esses detalhes a gente não se comenta. Disse Miriam aos risos.</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal">Desde que ficou viúva, há 4 anos, Leila não sabia o que era sexo. Também com quatro filhos para criar, ela só pensava em trabalhar para sustentar suas crianças. Já Miriam não tinha filhos, mas se considerava uma mulher completa ao lado do seu marido Jonas. </div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal">As duas trabalhavam em barracas na feira. Enquanto Miriam separava as flores para o comércio , Leila arrumava as frutas nas prateleiras. Entre um freguês e outro o diálogo não tinha fim.</div><div class="MsoNormal">- Voce vai no show do Roberto? Perguntou Miriam.</div><div class="MsoNormal">- Bem que eu gostaria, mas não tenho dinheiro para isso não. Mal consigo alimentar meus filhos! Respondeu a amiga.</div><div class="MsoNormal">- Podemos ficar com a barraca aberta até mais tarde para tentar um extra. Daí podemos juntar e comprar os ingressos para irmos juntas. Disse Miriam minutos antes de apresentar uma expressão de dor.</div><div class="MsoNormal">- O que há com você? Perguntou Leda com preocupação.</div><div class="MsoNormal">- Foi só uma tontura com dor de cabeça. Logo fico bem.</div><div class="MsoNormal">-Já falei para você ir ao médico ver isso.</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal">Passado alguns dias, a ausência da amiga na feira já demonstrava que as coisas não estavam bem, Leila telefonou para saber noticias. Foi ai que Jonas informou que os exames mostraram que Miriam estava com uma doença grave e que tinha no máximo seis meses de vida. </div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal">As duas aproveitaram para realizar todos os sonhos de Miriam.Caminhar na praia de madrugada, cinema a tarde, sorvete no domingo. Até um dia que ela desmaiou e não saiu com vida do hospital.Todas as semanas Leila ia visitar a nova morada de Miriam. Ali conversava com ela e dava muitas risadas, igual nos tempos da feira.</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal">Faltavam dois dias para o show do Roberto quando, ao chegar em casa, Leila percebeu um envelope embaixo da porta. Quando abriu se deparou com dois convites para o show do grande astro. Junto com os ingressos um bilhete que dizia:" Caso eu não esteja mais aqui para ir contigo. Venda um ingresso e compre um vestido novo. Mas não deixe de realizar seu sonho. Seja Feliz. Sua amiga para sempre, Miriam." No show, ao som da musica “ Como é grande o meu por você”, Leila chora ao lembrar dos momentos agradáveis ao lado da sua melhor amiga.</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"> Logo em seguida os créditos do filme começam a subir e eu deitada no sofá da sala, com meu pijama branco de ovelhas cor de rosa, não conseguia parar de chorar. Sem entender nada minha filha perguntou:</div><div class="MsoNormal">- O que foi mãe, porque você está chorando tanto?</div><div class="MsoNormal">Depois de soar o nariz com o que sobrou do rolo de papel higênico, respondi:<br />
- Porque eu queria muito ter uma amizade assim.</div>Elsa Caldeirahttp://www.blogger.com/profile/02501052356232676485noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8311640020569827534.post-53239094939081529042010-10-06T07:04:00.000-07:002010-10-06T16:38:09.153-07:00O "Índio Véio" sai de cena<span lang="PT-BR"></span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/_NcViyH0QRSY/TKyB7vaUvaI/AAAAAAAAALY/ne3fYhx8e28/s1600/02-paulo-ubiratan.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" ex="true" src="http://1.bp.blogspot.com/_NcViyH0QRSY/TKyB7vaUvaI/AAAAAAAAALY/ne3fYhx8e28/s1600/02-paulo-ubiratan.jpg" /></a></div><i><span style="font-size: small;"></span></i>O celular do meu marido despertou exatamente as cinco e meia da madrugada de domingo, dia 03 de outubro. Eu já previa que o dia seria agitado , não só pelo fato de ser eleições, mas eu sentia que algo diferente estava acontecendo. Sem titubear, coloquei o travesseiro no ouvido e virei-me para o canto da cama na esperança de retomar o sono. Pura ilusão. Foi quando ouvi ele dizer: o Paulo morreu, acabei de ler a mensagem no celular.<br />
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Por um momento pensei em perguntar, que Paulo? Mas eu já sabia que o Paulo Ubiratan estava na UTI. A partir daí não consegui mais dormir. Levantei uma hora depois. Um breve café da manhã. Em frente o guarda-roupa optei por calça e camiseta preta. Peguei os óculos escuros, um guarda chuva, dei um beijo em cada um dos filhos e fui a caminho do velório.<br />
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A cada passo uma lembrança, uma cena, um flashback. Parecia estar ouvindo sua voz grave dizendo a cada manhã: trabalhador, trabalhadora, pense nisso! Tantas histórias pra contar. Meu primeiro emprego no rádio foi na Alvorada em 1.988, quando conheci Paulo Ubiratan. Ele queria implantar o jornalismo na emissora, só que o padre diretor, não era muito favorável a idéia. Por conta disso, ele costumava dizer que precisávamos agradar o padre. Todos os dias, as 17:55 ele entrava na redação e ordenava: todo mundo pro estúdio!Era hora da ave-maria e ele achava que se rezássemos ali, o padre se agradaria da gente. Terminado ritual, ele acendia um cigarro e resmungava. Foi bom né!<br />
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Naquela época não tinha computador. A edição no rádio era na fita rolo. Tinha de cortar, emendar, e colocar na sequência para entrar no ar. Um dia, ele chamou uma entrevista do Cheida que ia lançar um livro de ecologia e entrou o Célio Guergoletto que era vereador na época. Ele saiu do sério e ao vivo descascou todo mundo. Fiquei quietinha na redação e só esperando o sabão. Ao sair, ele ascendeu um cigarro, olhou dentro dos meus olhos e disse calmamente: O que tá acontecendo?<br />
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O Paulo tinha um coração enorme. Ao mesmo tempo que esbravejava, ensinava muito. Quando se deparava com um erro de concordância no texto. Meu Deus. Ele sempre me convidava pra cobrir as eleições na CBN, era muito bom. Eu chegava cedo e ele já estava lá, com a equipe distribuída por regiões, os boletins gravados e uma lista enorme com nomes e telefones de autoridades convidadas fazer os comentários . Gostava de sair na frente, dar furos. Um profissionalismo implacável.<br />
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No entanto, o que mais me chamava atenção naquele homem era o amor que ele tinha pelo seu filho Bruno. Desde pequeno, o garoto era a paixão dele. A cada encontro, um elogio para aquela criança, adolescente e hoje um homem. Um advogado, dizia ele com o maior orgulho. <br />
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Meus passos foram diminuindo. As imagens do passado começaram a desaparecer da minha mente. Logo frente vi dezenas de coroas na porta da câmara que revelavam o carinho dos amigos por este jornalista que partiu nos deixando o seu legado, sua história, sua experiência profissional . Ele sai de cena sem saber se deu Dilma ou Serra, sem votar no amigo Requião e sem se despedir da Elza Correia. <br />
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Faz o seguinte Paulo, aproveita e pede pra Deus proibir a morte de jornalista no dia de eleição, pois se assim fosse ainda teríamos você para cobrir mais essa. Mas, como o Poderoso sabe de todas as coisas, só me basta te desejar : Descansa em paz "Índio Véio".Elsa Caldeirahttp://www.blogger.com/profile/02501052356232676485noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8311640020569827534.post-69424032379958998842010-08-25T15:43:00.000-07:002010-10-06T07:11:34.278-07:00Quando o tempo passa e a gente não vê<em>Aceitar que não temos a mesma vitalidade de anos atrás não é uma tarefa simples, principalmente para quem tem uma vida cheia de aventuras.</em><br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/_NcViyH0QRSY/TKyDK4v-ckI/AAAAAAAAALc/kJbjcU5kjXY/s1600/10000relogio.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; cssfloat: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" ex="true" height="150" src="http://3.bp.blogspot.com/_NcViyH0QRSY/TKyDK4v-ckI/AAAAAAAAALc/kJbjcU5kjXY/s200/10000relogio.jpg" width="200" /></a></div>Há tempos que Cristina estava se sentindo diferente. Acostumada a dar conta do trabalho na pequena pastelaria da família, na educação dos filhos e afazeres domésticos, a contadora por formação, não se conformava com as inúmeras dores que começara a sentir. Cada dia um incômodo. Bursite,começo de artitre, artrose, risco de osteoporose, além da infinidade de desajustes causados pelo início da menopausa.<br />
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Preocupadíssima com a saúde, decidiu procurar profissionais em busca das soluções dos problemas. Em todos, foi obrigada a escutar que depois dos 40 tem de ficar atenta com a alimentação, fazer atividades físicas, procurar não se estressar, entre outros conselhos.<br />
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Sem titubear, ela resolveu tomar atitude. Começou a acordar cedo para as caminhadas, mudou os hábitos alimentares e convenceu a família a comer produtos integrais. Tudo ia muito bem até o dia em que ela resolveu subir no pé de manga para colher as frutas já amarelinhas. Acostumada a fazer a peripécia, se surpreendeu quando não conseguiu escalar o tronco da grande árvore. Sem muitas opções, pegou uma escada e se embrenhou entre as folhas verdes. <br />
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E as “bandeiras de alerta” não paravam por ai. Certa vez, ela decidiu ir ao centro da cidade de ônibus. Ao adentrar no coletivo, viu que um jovem se levantou e lhe ofereceu o banco que estava sentado. De imediato, ela agradeceu a gentileza. Ao sentar se deparou com a inconveniente frase: “Assento reservado para idosos”.<br />
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Mas a gota d’ água que fez com que a ficha da contadora Cristina caísse de vez aconteceu no dia que sua filha Maria Lucia, de 23 anos a chamou no quarto, fechou a porta e disse:<br />
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- Mãe, preciso contar uma coisa muito séria.<br />
- Fala minha filha. Respondeu a mãe sorrindo, achando que a garota iria contar que reprovou numa disciplina da faculdade, estorou o cartão de crédito, ou mesmo que terminara com o namoro que já durava 8 anos. Mas a coisa era bem mais séria do que ela pensava.<br />
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- É que você vai ser vovó.Elsa Caldeirahttp://www.blogger.com/profile/02501052356232676485noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8311640020569827534.post-57395904282559111552009-10-15T13:17:00.001-07:002009-10-15T13:28:13.319-07:00Que sobrenome é este?<a href="http://4.bp.blogspot.com/_NcViyH0QRSY/SteDpygj_OI/AAAAAAAAAE8/SgHzSDXenmI/s1600-h/pintinhos-2780.jpg"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;width: 200px; height: 150px;" src="http://4.bp.blogspot.com/_NcViyH0QRSY/SteDpygj_OI/AAAAAAAAAE8/SgHzSDXenmI/s200/pintinhos-2780.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5392923832755682530" /></a><br />Tudo caminhava bem naquela sexta-feira de outono. Marta, uma advogada de 26 anos estava feliz, pois sua filha Elizabeth, de 10 anos, finalmente seria reconhecida pelo pai. O despacho do juiz era claro: a menina teria o direito a pensão até os 18 anos de idade e ao sobrenome do dito cujo. <br /><br />A verdade é que a maioria das histórias de reconhecimento de paternidade causa constrangimento. E quando se exige o tal do DNA. Meu Deus! Imagina, você ter de provar de quem é o filho que esta na sua barriga. Marta sabia quem era o pai de Elizabeth. Ela até que ficou com algumas dúvidas no começo da gravidez. Fez as continhas dos dias férteis na ponta dos dedos, desabafou com o ginecologista. Mas no fundo ela sabia quem era o pai da criança.<br /><br />Enfim chegara o grande dia. Acordou a filha bem cedinho e foram a caminho do fórum da cidade, mais precisamente até 5ª Vara da Família para fazer o novo registro da menina. Ao se aproximar do balcão, foi prontamente atendida por um estagiário que leu atentamente o documento expedido pelo juiz e disse.<br /><br />- Preciso dos documentos da criança.<br /><br />- Estão aqui. Disse a mãe após entregar a certidão de nascimento da garota.<br />- Bem, o nome dela é Elizabeth Cardoso. Com o sobrenome do pai, ficará Elizabeth Cardoso Pinto Silva! Exclamou o jovem.<br /><br />- Por favor moço, você pode tirar o Pinto. Falou a mãe.<br /><br />- Não posso tirar o Pinto senhora, é o sobrenome do pai. Disse o estagiário.<br /><br />- Ela não quer o Pinto, gostaria que tirasse. Deixa só o Silva. Insistiu a mãe.<br />-Espera um momento senhora. Vou ver com o juiz se posso tirar ou não. Respondeu o jovem se retirando para uma outra sala ao lado. Minutos de depois ele chega com a noticia:<br /><br />- Tudo bem senhora, o juiz me autorizou a tirar o Pinto. O nome de sua filha será Elizabeth Cardoso da Silva.<br /><br />As duas de abraçaram e saíram felizes da vida. Quinze anos depois a jovem Elizabeth se casaria com um professor de educação física. O nome do rapaz: Rodrigo Pinto Silva. Como ela já tinha um dos sobrenomes do futuro esposo, o juiz achou por bem acrescentar apenas o segundo nome do rapaz.Elsa Caldeirahttp://www.blogger.com/profile/02501052356232676485noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8311640020569827534.post-77267930776863279872009-04-11T06:23:00.000-07:002009-04-11T06:55:27.511-07:00A professora, o alemão e o tesouro do banheiro<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://4.bp.blogspot.com/_NcViyH0QRSY/SeCcQk8brjI/AAAAAAAAADE/bCfOjXBgcZ8/s1600-h/images.jpg"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;width: 130px; height: 130px;" src="http://4.bp.blogspot.com/_NcViyH0QRSY/SeCcQk8brjI/AAAAAAAAADE/bCfOjXBgcZ8/s200/images.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5323426568160914994" /></a><br /><span style="font-style:italic;">A aventura de sair pelo mundo em busca de emprego pode causar situações inusitadas como ocorreu com a jovem Marisa que foi lecionar para índios no meio da floresta.</span><br /><br /><br />Marisa tinha 18 anos, quando terminou o curso de magistério numa pequena cidade no norte do Paraná. Enfim, chegara à hora dela realizar o sonho de ser professora. Procurou emprego por um tempo na cidade e como não encontrou nada, resolveu dar uma olhada no jornal quando se deparou com o seguinte anuncio:<br /><br />- Temos vagas para professora numa fazenda próxima a cidade Itaporanga no interior do Mato Grosso do Sul. <br /><br />No mesmo dia, fez os contatos necessários e uma semana depois, lá foi ela. Pegou o ônibus cedinho até Londrina. Em seguida embarcou para Campo Grande. Chegou lá de madrugada. Dormiu na rodoviária e logo cedo pegou outro ônibus para a tal cidade. O caminho parecia uma eternidade, não chegava nunca. O poeirão da estrada, agora de terra, cobria a paisagem. Ela desembaçou os óculos e viu ao longe a cidadezinha. Quando desembarcou, um homem de quase dois metros de altura a aguardava na saída do ônibus. <br /><br />- Dona Marisa Silveira de Camargo. Perguntou com sotaque alemão.<br /><br />Ela fez sinal positivo com a cabeça e imediatamente ele a convidou para embarcar em uma caminhoneta branca. Viajou no meio da poeira no mínimo mais quatro horas. Dormiu, acordou, dormiu de novo e nada. O alemão não falou uma só palavra durante toda a viajem. No final de um corredor verde, cercado de mata dos dois lados ela visualizou pequenas casas, cobertas com capim seco. Iguais aquelas ocas de índios que a professora pedia pra gente colorir quando criança. E não é que eram índios que moravam ali. Os pequeninos corriam para dentro da mata quando o carro se aproximava. Os rostinhos curiosos pareciam perguntar:<br /><br />- Quem será que está chegando?<br /><br />Só ai ela compreendeu que o caminho chegara ao fim e ela já estava na tal fazenda. O homem gigante, a apresentou como a nova professora para sua esposa. Falava tudo em alemão. Marisa não entendia uma só palavra e começou a ficar preocupada, pois ainda não havia combinado o salário direito, quantos dias iria trabalhar. E as folgas, como ficariam as folgas. Em seguida, o candidato a patrão, começou a falar um português enrolado enquanto mostrava uma casinha caindo aos pedaços no meio da grande mata.<br /><br />- Olha dona Marisa, ali está a nossa escola. Temos uns 25 alunos, a maioria são índios. E aquela será sua casa. Disse ele apontado para uma tapera localizada do outro lado do rio.<br /><br />- Ele deve estar brincando comigo. Pensou a professora que naquela noite dormiu no quarto de empregada da sede da fazenda.<br /><br /> Dormiu que nada, parecia um zumbi, fritando na cama de um lado pro outro. Já era de madrugada quando ela resolveu usar o banheiro da casa. Foi na ponta dos pés para não acordar ninguém. Quando entrou, deu de cara com um baú rústico revestido de pedras coloridas numa pequena bancada de madeira. Ela não resistiu e abriu. Se deparou com pulseiras, colares e anéis, tudo de ouro, alem de muito dinheiro. Até pensou em pegar o baú e fugir dali. Mas sabia que não chegaria iria longe naquele fim de mundo. Não mexeu em nada. <br /><br />Voltou para cama e nada de dormir. Resolveu tomar um copo de água. Foi até a cozinha e lá estava o baú encima da geladeira. Naquele momento percebeu que estava sendo testada pelos futuros patrões. Ali ela decidiu que ia pedir demissão mesmo antes de começar a trabalhar.<br /><br />No café da manhã, o alemão, a esposa e os dois filhos do casal conversavam na bendita língua.<br /><br />- Estão falando de mim. Tenho certeza. Pensava Marisa<br />- Bem dona Marisa, a senhora pode começar as aulas amanhã? Perguntou o homem.<br />- Não vou não senhor. Eu quero ir embora. Não vou ficar aqui. Não gostei deste lugar. Disse indignada<br /><br />Depois de várias tentativas para convencê-la a ficar, ele desistiu de contratá-la . No percurso de volta para a cidadezinha, Marisa observava pela janela do automóvel, os indiozinhos que corriam para dentro da mata . Nos rostinhos assustados, ela percebeu a seguinte expressão.<br /><br />- Oba! mais uma professora que se vai!Elsa Caldeirahttp://www.blogger.com/profile/02501052356232676485noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8311640020569827534.post-62677966150667527062009-04-04T06:27:00.000-07:002009-04-10T07:38:35.961-07:00Jantar a luz de velas para preservar o planeta<a href="http://1.bp.blogspot.com/_NcViyH0QRSY/SddhQsVJHRI/AAAAAAAAAB8/EiKc9FzyW4E/s1600-h/imagesCA61DTFP.jpg"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;width: 117px; height: 98px;" src="http://1.bp.blogspot.com/_NcViyH0QRSY/SddhQsVJHRI/AAAAAAAAAB8/EiKc9FzyW4E/s320/imagesCA61DTFP.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5320828424167169298" /></a><br /><em>Natan é um garoto que adora desafios. Ao ouvir sobre a campanha mundial para desligar as luzes durante uma hora, convidou a mãe para ajudá-lo a preservar o planeta. </em><br /> <br />No ultimo dia 28 de março, Natan, o filho de 12 anos de Angelica lhe sugeriu para participar da campanha mundial criada pela Ong WWF para incentivar a preservação do meio ambiente. A mãe aceitou o desafio e no mesmo momento concordou em permanecer durante uma hora com todas as lâmpadas da casa apagadas e não utilizar nenhum aparelho eletrônico no período das 20:30h às 21:30h. <br /><br /><br />Angelica, sempre fora uma incentivadora de ações de preservação do planeta. Ela valorizava o cheiro da terra depois da chuva, o por do sol, as matas e rios. Ao se tornar mãe, procurou ensinar o filho a não jogar papel no chão, fazer a separação do lixo, não desperdiçar água e não deixa-la parada para evitar a dengue. Seria uma incoerência não participar da tal campanha. <br /><br />Começava a entardecer quando ela percebeu a ansiedade do garoto. <br /><br />- Mãe você já comprou as velas? Perguntou o menino.<br /><br />-Não. Daqui a pouco vamos ao mercado comprar. Respondeu Angélica. <br /><br />Assim que chegaram das compras, lá estava ele revirando tudo em busca de suportes para colocar as velas. Pegou todos os pires das xícaras de café, copinhos e taçinhas de licor, copos de sobremesa e começou a selar todas as velas do pacote. A mãe observava cuidadosamente cada passo do menino enquanto preparava o jantar. <br /><br />- Mãe, que tal a gente fazer um jantar a luz de velas ? Perguntou Natan entusiasmado.<br /><br />- Boa idéia. Mas só se você me ajudar! <br /><br />Daqui a pouco lá estava ele ajudando a desfiar o frango, cortar cebola, mexer a panela. Na hora marcada, todas as lâmpadas foram apagadas. Geladeira, computador, televisão, tudo foi desligado da tomada. Neste momento as velas já estavam acesas. O menino escolheu a toalha mais bonita da casa e reservou à mesa um lugar para a mãe e outro para ele. Ao lado dos pratos, duas taças com uma garrafa de suco ao centro.<br /> <br />Durante o jantar conversaram sobre vários assuntos. Concentrado, o garoto parecia encantando com aquelas luzes iluminando o ambiente. Angélica por alguns minutos disfarçou para o olhar o relógio e conferir o horário da novela. Em seguida perguntou:<br /> <br />- Filho, será que o pessoal da rua apagou as luzes também?<br /><br />- Não, só a gente! Mas não tem problema o que importa é a nossa consciência, né mãe!Elsa Caldeirahttp://www.blogger.com/profile/02501052356232676485noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-8311640020569827534.post-49798030596724996992008-10-30T06:19:00.000-07:002009-04-10T07:41:39.596-07:00O golpista e o vendedor de rede<a href="http://4.bp.blogspot.com/_NcViyH0QRSY/SddiG6mD28I/AAAAAAAAACE/AHJLLGcKVhk/s1600-h/vendedor+de+redes"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;width: 150px; height: 200px;" src="http://4.bp.blogspot.com/_NcViyH0QRSY/SddiG6mD28I/AAAAAAAAACE/AHJLLGcKVhk/s200/vendedor+de+redes" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5320829355709160386" /></a><br /><em>Muitas vezes a ganância e as possibilidades do dinheiro fácil levam a situações de riscos que podem custar a liberdade </em><br /><br />Era final de tarde quando o telefone de casa tocou. Ao atender percebi que se tratava de uma voz desconhecida. Do outro lado da linha o homem se identificou como membro da diretoria de uma empresa telefônica da cidade. A novidade era que o meu nome tinha sido sorteado para receber um prêmio, no entanto, era preciso que eu comprasse cartões telefônicos para ter acesso ao tal prêmiação. Na hora percebi que se tratava de um golpe. Mesmo porque, há poucos dias havia sido alertada pela internet sobre este assunto. Com cautela fui dando corda para o golpista, num determinado momento, ele entrou em contradição, daí foi minha vez de falar.<br /><br />- Você esta pensando que sou otária, seu bandido, vai trabalhar... <br />- Tum, tum, tum ! Ouvi do outro lado da linha. <br /><br />Meu amigo Arnaldo contou que quase caiu no golpe do cheque roubado. Conseguiu se safar, no entanto, o mesmo não aconteceu com Manuel, o vendedor de redes.Arnaldo lembrou que estava na fila do banco quando um jovem lhe pediu para trocar um cheque de R$200,00, em troca receberia R$ 50,00 pelo favor prestado. Na hora questionou porque o próprio moço não fazia a troca. <br /><br />- É que estou sem documento aqui, disse o jovem. <br />- Eu não vou trocar porque não sei a procedência desse cheque, respondeu meu amigo. <br /><br />Ao ver que daquele mato, não sairia coelho, o golpista abordou um vendedor de nome Manuel que comercializa redes na calçada em frente ao banco. Papo vai e papo vem, em poucos instantes lá estava ele na fila do banco para trocar o tal cheque. A moça do caixa, pediu o RG, a assinatura e sumiu para o fundo da agência. Voltou minutos depois com um policial e o gerente que disse:<br /><br />- Onde o senhor consegui este cheque roubado. <br />- Roubado. Ai meu Deus. Na verdade não é meu, é daquele moço lá fora. Tentou explicar Manuel. <br /><br />Ao perceber a confusão o jovem, passou a mão em uma rede e saiu correndo pelas ruas. O policial não perdeu tempo e foi na caça do golpista gritando pega ladrão. Alguns metros dali um grupo de vendedores de redes, ajudaram na busca e alcançaram o bandido. Na delegacia o delegado colocou Manuel e o golpista frente a frente e disse: <br /><br />- Quero saber qual é o grau de amizade entre o dois. <br />- Ele roubou o cheque. Incriminou o bandido, apontado o dedo para Manuel. <br />- È mentira delegado, eu apenas vendi aquela rede para ele. Disse o vendedor.Elsa Caldeirahttp://www.blogger.com/profile/02501052356232676485noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8311640020569827534.post-30600120843839571652008-06-20T04:57:00.000-07:002012-11-11T04:17:52.814-08:00Sonhei com cobra, mas deu galo<a href="http://1.bp.blogspot.com/_NcViyH0QRSY/SddipNVXYJI/AAAAAAAAACM/XdEazHSntbo/s1600-h/jogo+do+bicho.bmp"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5320829944854962322" src="http://1.bp.blogspot.com/_NcViyH0QRSY/SddipNVXYJI/AAAAAAAAACM/XdEazHSntbo/s200/jogo+do+bicho.bmp" style="cursor: hand; cursor: pointer; float: right; height: 200px; margin: 0 0 10px 10px; width: 136px;" /></a><br />
<em><em>Tinha até feito planos para gastar o prêmio. Quem sabe aquela viagem para Bonito, uma TV de plasma, trocar o carro. Afinal, sonhar não custa nada”</em> </em><br />
<br />
O jogo do bicho, mesmo sendo ilegal, é uma atividade comum nas famílias brasileiras. Em Londrina existem centenas de banquinhas, cada uma com suas características. Algumas também vendem caldo de cano, sorvete italiano, revistas usadas e tem as bancas São Jorge, do Seu Luiz, da sorte.... No meu bairro tem a banca Quatro Patas! Talvez o nome seja um incentivo para se jogar no cavalo, vaca, gato, cachorro, urso. Se for por ai, é uma tremenda injustiça com o avestruz, águia, pato, galo. Epa. Por falar em galo, outro dia tive um sonho esquisito. Sonhei com uma cobra dentro de um rio que saia de um buraco na pedra. Ainda no sonho, fui na banca Quatro Patas e joguei na cobra, mas perdi o dinheiro porque deu burro. Achei esquisito porque eu não sei e não costumo jogar. Todavia, ao acordar corri contar para um amigo, grande entendedor do assunto, sobre o tal sonho. Ele me disse<br />
<br />
- Mas bicho de água é jacaré<br />
<br />
-Só que deu burro, e agora? Respondi<br />
<br />
-Então vamos pegar o final do burro, do jacaré e da cobra e jogar na centena. Interpretou meu amigo.<br />
<br />
E la´ foi ele para a banca Quatro Patas, com R$ 5 reais no bolso. No final da tarde, a noticia.<br />
<br />
- Hi! deu galo.<br />
<br />
- Mas como, galo, porque? Perguntei indignada<br />
<br />
- Também fiquei chateado, tinha até feito planos para gastar o prêmio. Quem sabe aquela viagem para Bonito, uma TV de plasma com home theater, trocar o carro. Afinal sonhar não custa nada. Disse o colega.<br />
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Jogar no bicho não é uma tarefa fácil.Minha irmã era viciada. Até o dia que meu cunhado disse: Ou o jogo ou eu! Coitada, teve de jogar fora o caderninho com suas milhares e centenas anotadas. Tinha de tudo naquele caderno, placas de carro, telefones, datas de aniversários, ceps do Brasil inteiro, números de casas, até de túmulos. Outro dia uma colega do trabalho me contou que avó dela também era viciada em jogo do bicho. Segundo ela, a velhinha todos aos dias, ao fazer o café, observava o desenho deixado pela borra. Naquele nevoeiro do vapor, ela identificava o número do dia. E foi esta mesma colega que me explicou porque deu galo naquele jogo feito conseqüência do meu sonho maluco. Ela disse.<br />
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- Você já ouviu aquela expressão: vai cantar de galo. Então, é isso, o galo protege a galinha da cobra. Interpretou.Elsa Caldeirahttp://www.blogger.com/profile/02501052356232676485noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8311640020569827534.post-65106836911510730402008-04-09T05:09:00.000-07:002009-04-04T06:42:18.793-07:00O jovem, a mãe e o IRA<a href="http://3.bp.blogspot.com/_NcViyH0QRSY/SddjsTc4HdI/AAAAAAAAACU/OeYXUntEeHM/s1600-h/foto+ira.jpg"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;width: 144px; height: 200px;" src="http://3.bp.blogspot.com/_NcViyH0QRSY/SddjsTc4HdI/AAAAAAAAACU/OeYXUntEeHM/s200/foto+ira.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5320831097548316114" /></a><br /><em>Bruno era um considerado um bom garoto até que sua mãe resolveu se casar novamente. Ele precisou ouvir elogios à mãe, de um desconhecido, para lhe dar o devido valor.</em> <br /><br /><br />Falar a mesma linguagem que os filhos parece ser uma tarefa fácil. Mas não é. Pensar que o diálogo já começa ainda na barriga, fica mais complicado ainda. E quando eles se tornam adolescentes? Ai meu Deus! Uma amiga disse que outro dia convidou seu filho de 13 anos para ir ao cinema e ele respondeu: Que mico hein mãe!<br /><br />Isso não é nada comparado com o que aconteceu com outra colega de trabalho. Segundo ela, a relação com seu filho Bruno de 18 anos estava cada dia mais tumultuada. Tudo começou depois que ela decidiu se casar com um advogado chamado Vargas. <br /><br />Ela conta que a convivência estava insustentável. Logo pela manhã, o bom dia era substituído por um “tô saindo fora”. Quando aparecida em casa para o almoço ou jantar, nunca sentava-se à mesa . Suas refeições eram sempre em frente da tv com os dois coturnos pretos em cima do sofá. De cada dez palavras ditas uma para o outro, pelo menos a metade era NÃO.<br /><br />- Tenha paciência, é só uma fase. Diziam as amigas. <br /><br />Cansada, ela buscou na terapia uma alternativa para melhorar a relação. E foi no divã que lhe sugeriram a convencê-lo a arrumar um emprego. Afinal mente vazia é ferramenta do diabo.<br /><br />Em casa o debate foi iniciado:<br /><br />-Mãe preciso de dinheiro para comprar o novo CD do IRA. Disse o jovem<br /><br />-Não tenho!Você precisa trabalhar e ter seu próprio dinheiro para comprar suas coisas. Respondeu enfaticamente a mãe.<br /><br />-Mas trabalhar onde? Perguntou Bruno.<br /><br />Foi mais fácil do que ela pensava. Em pouco tempo ela conseguiu uma vaga de vendedor em uma loja de roupas masculinas num shopping.. <br /><br />Um dia, enquanto Bruno arrumava as prateleiras de camisetas esportivas, ouviu uma conversa entre o dono da loja com um velho amigo.<br /><br />- Quanto tempo! Você tem visto o Varguinha? Perguntou o amigo do patrão<br /><br />- É,de vez enquando eu o encontro por ai. Respondeu o chefe do rapaz.<br /><br />- Fiquei sabendo que ele estava na pior e encontrou uma mulher maravilhosa, linda que mudou a sua vida. Comentou o amigo do patrão que continuou rasgando elogios para esposa do Varguinha mesmo sem conhecê-la.<br /><br />Em seguida, após escolher duas meias escuras para comprar ele perguntou: <br /><br />- Funcionário novo? <br /><br />- É, esse é o Bruno. Sabe de quem ele é filho? Da mulher do Varguinha.<br /><br />- Olha garoto eu não conheço sua mãe mas sei que ela é uma mulher extraordinária, meus parabéns. Disse apertando fortemente a mão do rapaz.<br /><br />Ao chegar em casa, orgulhoso, o jovem abraçou a mãe e foi logo perguntando.<br /><br />- Mãe como você conheceu o Varguinha, quero dizer o Vargas?<br /><br />- Num show do IRA , respondeu aos risos a mãe.Elsa Caldeirahttp://www.blogger.com/profile/02501052356232676485noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8311640020569827534.post-11500572021757854752008-01-29T04:41:00.000-08:002009-04-04T08:17:03.984-07:00O stress nosso de cada dia<em>Gilda era acostumada a estacionar sempre no mesmo lugar. Um dia resolve pegar uma carona com esposo para o trabalho. Na hora do almoço, a surpresa: Será que roubaram o nosso carro? </em><br /><a href="http://3.bp.blogspot.com/_NcViyH0QRSY/SddKOBDNzKI/AAAAAAAAABc/aL11hXUgnZw/s1600-h/foto+carro.bmp"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 240px;" src="http://3.bp.blogspot.com/_NcViyH0QRSY/SddKOBDNzKI/AAAAAAAAABc/aL11hXUgnZw/s320/foto+carro.bmp" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5320803089422077090" /></a><br />O dia amanheceu ensolarado naquela manhã de inverno. Após oferecer o café da manhã para os filhos, Gilda se prepara para mais um dia de trabalho numa industria da cidade. No entanto, naquele dia a rotina da família estava alterada porque as crianças não teriam aula. Era dia de reunião pedagógica dos professores. <br /><br />Devido a uma crise financeira que assolou a família, há tempos que o casal é obrigado a se “virar” com apenas um carro. Cabe à Gilda, levar o esposo ao emprego, deixar as crianças na escola, fazer supermercado, a feira, enfim todos os afazeres de uma dona de casa, além das suas funções como secretária que ele exerce há mais de 12 anos. <br /><br />Mas naquela manhã tudo seria diferente. Ela resolveu inverter o processo, ou seja, o esposo Julio a deixaria na prefeitura. Afinal as crianças não teriam aula e ela não precisaria se desgastar tanto. <br /><br />No trabalho, faltava alguns minutos para o meio dia, Gilda desliga rapidamente o computador e começa a procurar as chaves do carro. Colocou tudo pra fora da bolsa: celular, batom, agenda, caneta, carteira, e nada. Pensou que poderia ter esquecido no contato do carro ou mesmo na porta. Mas resolveu procurar melhor. Olhou encima e debaixo das mesas, vasculhou as gavetas, os armários, caixinhas de clips e nada. <br /><br />Sem sucesso, resolveu descer rapidamente as escadas e foi direto para estacionamento se dirigindo automaticamente para a quinta vaga da terceira fileira do lado esquerdo, afinal fazia três anos que ela só estacionava naquele lugar. Ao se deparar com a vaga vazia, pensou: Roubaram o carro! Sem titubear, ligou para o esposo Julio para contar o ocorrido e ouvir o que deveria fazer. Enquanto isso dezenas de pessoas começaram a presenciar seu desespero. Alguns diziam: <br /><br />- Coitada, que azar!<br /><br />- Tem de por alarme, fazer seguro, senão roubam mesmo! <br /><br />Um celular toca. Do outro lado da linha, o esposo Julio, responde:<br /><br />- Como assim roubaram o carro? Já chamou a polícia! <br /> <br /><br />Nesta altura, quase chorando, Gilda liga para o 190 e explica tudo para o atendente. <br /><br />- Encaminharemos uma viatura no local. Respondeu o policial. <br /><br />Enquanto esperava, os amigos de trabalho tentavam acalmá-la, afinal não iria ser fácil comprar outro carro. A policia chegou e o soldado com uma prancheta nas mãos começou a perguntar: nome completo, RG, CPF, endereço comercial, residencial, telefones e enfim disse:<br /><br />- O que aconteceu minha senhora? <br />- Olha seu guarda, todos os dias eu estaciono aqui e hoje quando vim pegar o carro não tinha nada, acho que foi roubado, só pode! <br /><br />O dialógo é interrompido pelo toque do celular. Do outro lado da linha, o esposo Julio diz:<br /><br />- Você ficou louca mulher! Esqueceu que eu te levei pro trabalho hoje cedo. O carro esta aqui na minha frente! <br /><br />Sem saber se ria ou chorava, ela pediu licença para o policial, se afastou um pouco. Disfarçou no telefone, gesticulando de um lado pro outro. Após desligar o aparelho, voltou vagarosamente para viatura e disse.<br /><br />- Então seu guarda. Eu queria pedir desculpas porque o carro esta com....<br /><br />...o seu marido? Completou o policial, já rasgando a ficha preenchida minutos atras. <br /><br />- É, mas como o senhor sabe? <br /><br />- Fica tranqüila dona, isto sempre acontece! Respondeu o policial.Elsa Caldeirahttp://www.blogger.com/profile/02501052356232676485noreply@blogger.com3